No Brasil, em 2013, 15 mulheres morreram de forma violenta por dia. Entre 2013 e 2014, em mais de 80% dos casos de violência a vítima tinha ligação familiar com os agressores. Além disso, o número de cantadas ofensivas e o assédio físico em transportes públicos também estão aumentando ano a ano. Esses e outros dados estão em uma pesquisa realizada com base em números e conclusões obtidos pela Secretaria de Políticas para Mulheres do Governo Federal brasileiro e de outros órgãos, como o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, demonstrando que apesar das leis já sancionadas, muitas mulheres ainda sofrem com o menosprezo. Como resultado, o feminicídio se tornou um assunto bastante debatido no país e ganha cada vez mais espaço, em virtude do aumento de casos de violência física, verbal ou sexual, entre outros tipos, tudo em decorrência da não aceitação das mulheres como sendo semelhantes aos homens em diversos aspectos da vida. Para que essa realidade mude é preciso agir e as ações devem começar pela casa das crianças, pois os responsáveis legais por milhões de futuros homens e mulheres é que são a base delas e, por isso, devem transmitir valores e conceitos inerentes à vida em sociedade, entre eles, o respeito. Em conformidade, governantes devem ficar atentos às leis dos municípios, dos estados e aos artigos e incisos da Constituição Federal a fim de que os desvios de atitude sejam punidos de acordo com a gravidade com a qual são cometidos porque em um país com leis que não são cumpridas de forma justa, não há como existir igualdade. Em suma, mudanças na maneira como as mulheres são vistas e tratadas acontecerão com um trabalho contínuo, da infância até a idade adulta, para ambos os sexos. Por conseguinte, elas terão mais segurança perante os homens e conseguirão adotar uma postura diferente daquela que milhares têm atualmente: de passividade e medo.