Brasil, país de vasta extensão territorial, mas também de vasta intolerância, desrespeito e desigualdade. Quando colocamos em pauta assuntos que envolvem a integridade da mulher, faz-se preponderante ressaltar os números crescentes de casos de violência ainda registrados contra a mulher. A mesma sociedade que luta por classes igualitárias e uma justiça transparente, ainda vitimiza a mulher desconstruindo o papel assumido por elas na sociedade atual. Impreterivelmente somos forçados a analisar os números de forma justa e livre de subjetividade. O país ainda sofre com a falta de informação, e passa por um declínio na educação. Mas o conhecimento não se baseia somente em acessibilidade, trata-se também de interesse e motivação pelo ser humano. Tem que ser prioridade governamental evitar o processo de desumanização, não é possível mais em uma sociedade que preza por igualdade social, que a vitimização da mulher seja um processo natural. É justo e necessário a divulgação de campanhas que desconstruam o animalismo cometido contra elas, de forma que o respeito e a integridade sejam vistas como necessárias ao ser humano. Um fator de extrema importância é descaracterizar o pensamento e o comportamento machista nessa sociedade que vem sendo pautada pela ótica do homem. É viável a conscientização, não tem que existir diferenciação, mas em contrapartida, é imperativo a adoção de medidas mais severas, uma vez que medidas paliativas não vem causando comoção. A reclusão tem que ser imediata, e as sanções financeiras estipuladas em valores exorbitantes, uma vez que o brasileiro desmoraliza o ser humano, mas teme o próprio pelo lado financeiro. Ao analisarmos isso, percebemos que o homem brasileiro não tem respeito nenhum pela história, grandes mulheres morreram em virtude do machismo exacerbado, grandes mulheres que deixaram um legado na história, e que com certeza ainda esperam pelo processo de humanização no Brasil.