Título da redação:

A busca pela emancipação feminina

Proposta: ENEM 2015 - A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira

Redação enviada em 10/11/2015

A desigualdade de gênero é um fator que é recorrente nas discussões contemporâneas, principalmente no que se refere aos seus efeitos dentro da sociedade. Nesse sentido, é ressaltado o papel da mulher hodierna, que é reduzido pelo machismo velado nas relações sociais. Essa forma de preconceito é uma das causas das maneiras de misoginia – violência específica contra o sexo feminino- que são praticadas atualmente. O panorama vivenciado hoje em relação a violência contra a mulher são, notoriamente, resquícios de um recente passado colonial. Naquela época, o papel subserviente feminino apresentou-se com grande relevância nas relações interpessoais, o que abria espaço para uma postura agressiva e autoritária por parte do seu cônjuge. Nesse contexto, corrobora-se a teoria elaborada pela filósofa Simone de Beauvoir no livro “O segundo sexo”, no qual ressalta a necessidade de emancipação feminina e a consequente quebra do papel secundário exercido nas relações. Além disso, cabe ressaltar que a violência não ocorre só fisicamente, pois as formas verbais em que ela se apresenta causam danos ao psicológico da vitima, podendo resultar em doenças relacionadas a ele, como a depressão. Ainda convém lembrar das conquistas já adquiridas pelas mulheres, principalmente, no século XXI, como a Lei Maria da Penha e a recente Lei do Feminicídio. Essas leis foram criadas para aumentar a proteção feminina, pois a primeira trata de forma especializada casos relacionados a violência contra a mulher e a segunda torna qualificados esses tipos de crime. Pode-se, pois, perceber não só que mudanças vêm acontecendo, mas também que há , ainda, a necessidade de ampliar políticas voltadas ao gênero feminino. Sendo assim, cumpre ao poder legislativo desenvolver formas de ampliar o escopo de leis afirmativas de defesa da mulher. Ademais, cabe à educação escolar, em conjunto com as famílias, promover a mudança no pensamento desde a infância para que não haja a necessidade de punição futura. Em consonância, deve haver a autoconscientização da população em relação a violência, aplicando o Imperativo Categórico de Immanuel Kant, por meio do qual se visa a tornar coletivo o pensamento individual. Dessa forma, tornar-se-á possível alcançar a emancipação e a segurança feminina.