A população feminina está ganhando mais espaço de participação em nossa sociedade, entretanto denúncias de violência contra mulheres são cada vez mais comuns. É fato que houveram muitos progressos contra esse tipo de violência, a Lei Maria da Penha é um ótimo exemplo, mas ainda há muito a ser feito. Existem vários tipos de violência, a física é só uma delas. As mulheres, desde muito cedo, são obrigadas a conviver com assédios, medos, danos à moral e a pior de todas as violências: o preconceito. Atos preconceituosos estão presentes em todos os lugares, até dentro de casa. No último século observamos que as mulheres têm se destacado em muitas áreas, principalmente no mercado de trabalho, mas isso não impede que alguns pensamentos retrógrados circulem livremente. Piadas e frases que discriminam e menosprezam a participação feminina como “lugar de mulher é em casa, agradando o marido” são, erroneamente, consideradas normais e aceitáveis por alguns indivíduos de nossa sociedade. E esse, infelizmente, não é um problema atual, ao contrário, ele foi gerado juntamente com a nossa cultura. E a ocorrência de violência contra mulheres continua aumentando potencialmente com o passar dos anos. É insustentável, no nosso grau de desenvolvimento, fatos assim continuarem acontecendo. É fácil notar que a base de nossa cultura precisa de reformas. Deve se mudar a mentalidade, conscientizando a população do valor da mulher, através da mídia e palestras sobre a igualdade de gêneros. As instituições de ensino em conjunto com a família devem alertar e informar sobre o problema da violência e discriminação, para que esses sejam erradicados logo em seu inicio. Somente acabando com o preconceito as outras violências terão seu fim.