É de extrema ingenuidade acreditar que a ostentação é algo novo, ou que simplesmente migrou para os outros países por causa do hip-hop norte-americano. 50cents e McGuimê não havia ao menos nascidos quando a corte francesa esbanjava riquezas e acomodava-se em luxos, mesmo com a crise econômica do século 18. A diferença é, naquela época, o consumo de peças ao menos próximas as da realeza, para a maioria era um sonho distante, atualmente, o mesmo pode ser imitado e geralmente é muito mais barato. O consumo é algo comum à sociedade contemporânea, é através dele que se mantem o atual sistema econômico. É através deste que casa país e capaz de se manter (pelo menos é o esperado) autossuficiente. Porém, apesar deste aspecto positivo, o consumo quando exagerado, trás o ideal de que, o estresse, as frustrações, qualquer problema que o individuo tiver, serão resolvidos com sacolas de compra. Não somente isso, mas para complementar o cenário, é importante ressaltar que, a ostentação sustenta o consumismo, de forma a fazer o sujeito pensar que os produtos os quais ele compra são necessários, por mais endividado que este possa vir a ficar. O ideal de passar uma imagem de riqueza e até mesmo felicidade, a venda destas imagens como se fosse real, é o que torna esta realidade bizarra. E sustenta à ideia de que o homem está sempre pré-disposto a encontrar um meio de se sentir superior ao outro, pois, atualmente, quando não se adere à moda, maior parte das pessoas tende a julgar, fazendo com que o individuo tenha sentimentos como: inferioridade, humilhação, frustração, e outros. De forma a ser de suma importância que haja uma reeducação, não apenas culturais, mas sociais para que os valores não se deturpem, ou sejam obstruídos com o passar do tempo.