Título da redação:

Ter ou não ter

Proposta: A ostentação e o consumismo.

Redação enviada em 23/04/2015

Na sociedade consumista atual, a palavra de ordem é “ostentação”. Possuir carros de luxo, celulares de última geração e roupas de grife não é mais, obrigatoriamente, privilégio de ricos. Hoje, muitos jovens cobiçam ocupar posições sociais elevadas, mesmo que precisem se endividar para isso. Contribuem para essa realidade a mídia, ditando a moda, e a falta de orientação financeira. A mídia tem papel fundamental no convite ao consumismo, garantindo que os produtos lançados sejam rapidamente substituídos por outros mais atrativos. Disseminando os fantásticos objetos e serviços do mercado capitalista, como "smartphones", grifes e restaurantes de luxo, estimulando todas as classes sociais a usufruir desses bens e retroalimentar o sistema capitalista. O objetivo é ostentar o que se tem, insinuar-se em um grupo social mais elevado, reprimindo suas necessidades a segundo plano para satisfazer o ego e não ficar obsoleto. Devido a isso, os indivíduos que ocupam as classes sociais menos privilegiados acabam sendo imersos em dívidas na busca pela satisfação pessoal que leva ao consumo exacerbado. Fascinados pelos objetos midiáticos, acabam se pautando em suprir necessidades supérfluas preferindo, muitas vezes, adquirir uma nova tecnologia a pagar as dívidas prévias. Desta forma, as contas vão se acumulando à medida que as novidades de mercado vão sendo divulgadas na mídia até que o indivíduo esteja mergulhado em um mar de dívidas. Deve-se, portanto, investir na realização de palestras sobre reeducação financeira e controle de gastos. Essa iniciativa deve se voltar para aqueles que estão endividados, e para toda a sociedade, inclusive nas escolas visando à educação financeira e o desestímulo ao consumismo desde a infância e adolescência. Além disso, as autoridades podem intervir na regulamentação do excesso de divulgação midiática, uma vez que a mesma tem forte influência no consumismo da população.