A revolução tecno-científica mudou os patamares do século XXI. Aliada ao sistema econômico vigente, serviu como combustível para o consumismo que com o tempo mudou a forma de pensar da sociedade, tornando-a alienada e mudando seus valores implicitamente. A enxurrada de propagandas divulgadas pelos meios de comunicação deixou o ser humano dependente e propagador da inversão de valores. A troca do ser pelo ter passou a ditar a vida dos brasileiros de todas classes. Mostrar aos outros o poder através dos objetos de luxo e marcas de grife nunca foi tão importante. Ostentar é o desejo de homens e mulheres; não se importam com a qualidade de vida, com o conforto do lar ou com a situação dos relacionamentos. Usar determinada logomarca virou sinônimo de aceitação e de bem estar, configurou-se a sociedade do espetáculo onde a cultura da imagem é sua base forte que ajuda a criar um apartheid social. Em suma, é necessário ocorrer uma reinversão de valores sociais para que o ser fale mais forte que o ter ou melhor dizendo parecer. A divulgação desses valores expressos nas mídias através de movimentos sociais torna possível o surgimento de seres humanos críticos e formadores de ideias.