Título da redação:

Paradoxos de um Consumo Irresponsável

Proposta: A ostentação e o consumismo.

Redação enviada em 18/04/2015

Com o apogeu da globalização e o desaparecimento de algumas fronteiras culturais, é natural que algumas empresas esbocem as tendências mundiais e seus produtos transformem-se em sonhos de consumo dos jovens. Contudo, os altos valores cobrados por esses bens de consumo, justificados pela alta procura, acabam inferindo prestígio social a seus detentores. Dessa forma, inicia-se uma frenética busca por tais produtos, o que pode ser muito prejudicial. De acordo com o filósofo Aristóteles, o homem virtuoso age com inteligência e racionalidade, e evita ações inspiradas nos impulsos; assim, analisemos a realidade brasileira: grande parte da população possui inadimplência com cartões de crédito; e várias pesquisas demonstram que, destes, a maioria sofre consequências do consumo irresponsável. Pode-se constatar, então, que o consumismo visando à ostentação certamente não é um ato racional, visto que pode desencadear efeitos perversos a longo prazo. É comprovado pela Sociedade de Psicologia Britânica que o gosto pelas compras é inerente ao ser humano, principalmente na juventude. Assim, percebe-se que o consumo não é mau em si mesmo, mas o pode ser quando âmbitos mais importantes são sacrificados em nome da ostentação. Além disso, o uso dos bens materiais para alcançar um sentimento de superioridade contradiz a finalidade dos mesmos: os bens devem servir ao homem, e jamais governá-lo. Torna-se evidente, pois, a necessidade de uma conscientização acerca desse assunto. O Estado deve, é claro, auxiliar em alguns aspectos, propondo palestras sobre educação financeira nas escolas; as empresas também deveriam disponibilizar esse recurso a seus colaboradores. No entanto, o papel das famílias é o mais indispensável nesse sentido: elas devem ensinar, desde a infância, a função do dinheiro e dos bens, segundo os valores que lhes são próprios.