Título da redação:

Ideal consumista

Proposta: A ostentação e o consumismo.

Redação enviada em 17/03/2016

O atual capitalismo atinge os brasileiros de modo incessante. Suas estratégias consagradamente bem-sucedidas apoiam-se em propagandas que, além de venderem objetos, muitas vezes prometem realização pessoal. Por esse motivo, os consumidores sentem-se tentados à compra, usualmente não levando em conta se existem condições financeiras para isso e não avaliando a necessidade de posse desses produtos. As consequências desse ato podem vir a ser pesarosas, com o endividamento desses indivíduos e a ocorrência de graves mazelas para o meio-ambiente. Também como decorrência do contexto capitalista, há ainda uma cobrança social pelo grande número de posses, o que agrava ainda mais esse excesso de consumo. A ostentação se tornou um meio de autoafirmação do ser humano perante a sociedade, e essa característica tem se consagrado até mesmo em cenários mais humildes: as favelas, através de uma nova vertente do funk: o funk ostentação, que afirma esse ideal da posse como estilo de vida. Outrossim, as atuais redes sociais têm contribuído na transmissão desse arquétipo, uma vez que tornaram possível a exibição dos indivíduos e seus objetos de ostentação para um grande número de pessoas através de fotos e vídeos, disseminando valores consumistas para seus expectadores. As consequências desse estilo de vida são notáveis: em 2015, 6 em cada 10 famílias encontravam-se endividadas, segundo a CNC (Conferência nacional do comércio de bens, serviços e turismo). Esse número expressa a alarmante situação do brasileiro perante o consumo excessivo, o que mostra o quanto a ostentação pode ser, na verdade, fonte de insatisfação. Além disso, há graves efeitos para a natureza: grande parte das empresas de cosméticos, por exemplo, utilizam animais em testes de seus produtos, havendo mortes e doenças entre eles. A conjuntura dos fatos demonstra necessidade de intervenção do estado, que deve criar leis que diminuam a quantidade de propagandas midiáticas que atingem a população diariamente através da televisão, rádio e internet. Ademais, o Ministério da Educação deve implantar em escolas debates e aulas que discutam com os mais jovens a importância do consumo conscientizado, para que os futuros consumidores tenham senso crítico acerca do contexto capitalista em que estão inseridos.