Vivemos numa sociedade que mais parece um espetáculo. Os indivíduos são verdadeiros atores, capazes de tornar a realidade diferente do que é, e fingir ser o que de fato não são. O ter – ou melhor, parecer ter – é mais importante do que ser. E a ostentação já virou algo comum. No século XIX, no Brasil, as pessoas saiam de suas casas bem arrumadas ( com chapéus, usando tecidos caros e bengalas) para exibir sua posição social. Hoje, não é necessário ir às ruas para “mostrar”, uma vez que, a maioria das pessoas utilizam as redes sociais para fazê-lo. Essas permitiram o aumento da ostentação. E hoje, vestimentas e acessórios de grife, carros importados são sinônimos de superioridade e despertam os olhares dos outros ao redor. Em busca desse reconhecimento na sociedade, o consumismo é cada vez mais crescente. E a exaltação desse consumo é o grande problema da ostentação. Milhares de jovens e crianças por exemplo são influenciados pelo ritmo musical conhecido como “funk ostentação”, que faz o maior sucesso com as letras que incentivam o consumo exagerado como forma de realização pessoal. Sabe-se que esse consumo está atrelado aos diversos problemas ambientais que conhecemos, afinal, é necessário atacar a natureza para retirarmos dela os elementos utilizados na fabricação de produtos. Fica claro, portanto, que o grande problema da ostentação é o consumo desenfreado. Sendo assim, o indivíduo deve buscar desenvolver em si uma mentalidade mais consciente, por exemplo se informando sobre os recursos naturais envolvidos na produção de uma mercadoria. Além disso, a família e a escola são importantes na formação do papel do indivíduo frente à essa sociedade de consumo. Muitas vezes, os desejos pessoais podem ser deixados de lado em prol de um bem comum.