O sonho almejado é fazer transição de classes, subir na vida. enquanto isso não acontece, para não ficar de fora, a moda é ostentar mesmo sem ter condições financeiras para isso. O conforto social acaba sendo mais importante que o físico. É a luta ter versus ser. Assim, adereços de marca dão a falsa impressão de riqueza. De acordo com a USP, em uma pesquisa feita com jovens de periferia, caso tivessem 500 reais, 97% deles gastariam tudo em roupas de grife. Uma vez que, torno-se necessário ter aquilo que é oferecido, custe o que custar. Então, criou-se uma cultura de que é essencial ter algo que o outro não possui, despertando até mesmo inveja. Há uma relação de concorrência. Para agravar a situação, a mídia e a música instigam o consumo exacerbado. A estratégia é sempre manter o indivíduo insatisfeito com o que se tem. O que está por trás do consumismo e ostentação é a busca de status social e econômico, é a busca incessante pelo reconhecimento do outro e de si mesmo. É a procura da autoestima perdida em meio ao vazio interior e das relações. Portanto, é importante rever os valores e prioridades, levar em consideração que pessoas valem mais que coisas. A vida em sociedade deve ser centrada em relações harmoniosas e não em competições destrutivas. O consumismo é preconceituoso, pois não aceita a todos. Assim, muitos se fantasiam de rico. Como apregoa Jung Sung, " é obsceno, mas é bom ter algo que poucos têm".