"Eu, etiqueta" Com o advento da revolução industrial a capacidade de produção aumentou. Tal capacidade encontra na mídia um canal que instiga o consumismo e a ostentação. Contudo, isso implica na formação de uma sociedade sem identidade e também em impactos ambientais. A capacidade de produção que o desenvolvimento tecnológico proporcionou, traz consigo, a necessidade de um grande mercado consumidor. Nesse aspecto, a engrenagem do capitalismo, encontra na mídia um meio de persuadir o consumidor e, com isso, instiga o consumismo. O poema de Carlos Drummond de Andrade, “Eu, etiqueta”, já evidenciou esse fato. Outro ponto inerente à relação entre ostentação e o consumismo, é a formação de uma sociedade sem identidade. Nesse caso, principalmente os jovens, refletem apenas as efêmeras tendências de moda difundidas por músicas que desvalorizam as pessoas, tratando-as como objetos compráveis, em detrimento de suas culturas locais. Ainda é válido ressaltar os impactos ambientais que o consumismo atrelado à ostentação ocasionam. O estereótipo, supervalorizado pela mídia, de que as pessoas as quais ostentam grifes de marcas mais caras e, pouco duráveis, em consonância com os padrões impostos pela mídia e a lógica do capitalismo, são as melhores, acarreta em uma significativa produção de lixo e poluição ambiental, visto que, as empresas que patrocinam a mídia visam apenas o lucro. Tendo em vista essa relação entre consumismo e ostentação e suas implicações na sociedade, portanto, é de fundamental importância a formação de um senso crítico à luz da educação referente às danosas cosequências que o consumismo e a ostentação ocasionam. Para tanto, o Estado deve patrocinar palestras que visem a valorização da cultura brasileira, combatam as músicas depreciativas e alertem quanto à necessidade capitalista de produzir bons consumidores “etiquetas” . Além disso, é sempre válido alertar a sociedade dos impactos ambientais que o consumismo ocasiona.