Nunca antes vivemos tanto a sociedade descrita por Guy Debord, a chamada "Sociedade do Espetáculo", onde as relações sociais são mediadas pela imagem, em que ter e ostentar é mais importante que ser. Em uma nação tão desigual como o Brasil é importante problematizar a "camarotização", pois em um país democrático de direito a equidade deve prevalecer. Tendo como base o lema da revolução francesa, igualdade, liberdade e fraternidade, que foi transcrito na Constituição de vários países do mundo, inclusive na do Brasil, é necessário reconhecer que muitas vezes os mais abastados economicamente conseguem mais benefícios que o indivíduo desprovido de recursos econômicos. Isso transgride o princípio da paridade e, é preciso que seja combatido, pois segundo a Lei Maior, todos são iguais, idepende do que possuem. Cada vez mais, é notado o fenômeno da elitização, em que alguns lugares e objetos só podem ser frequentado e consumidos por pessoas de alto nível econômico. Esse fato contribui para a criação de um Apartheid social, que é caracterizado pela inferiorização dos mais pobres. Um acontecimento recente, que remete a divisão entre ricos e pobres, é a perseguição a jovens pobres de comunidades carentes do Rio de Janeiro, que estão sendo praticamente proibidos de frequentar as praias da Zona Sul, parte rica da cidade, devido a ocorrência de crimes em que a maioria deles não são culpados. Sendo assim, fica evidente que não é aceitável que uns sejam superiores aos outros, em uma sociedade igualitária. Nesse contexto, é preciso que o próprio indivíduo se conscientize e não se veja como superior ao próximo. A escola pode exercer o seu papel ensinado as crianças desde cedo que todos são iguais. As ONGs e a mídia podem contribuir com campanhas em prol do extermínio da segregação social. Para que assim todos tenham de fato o mesmo valor.