Vivemos no auge dos shoppings, do fast food, enfim, das aparências e facilidades. A possibilidade de adquirir produtos, a influência da mídia, tanto na TV quanto nas redes sociais, de certa forma, nos pressionam a consumir. Passam-nos a mensagem de que: você não é bom o suficiente, até que possua isso. Juntando o poder de persuasão midiático e a facilidade em contrair dívidas, lê-se: cartões de crédito, o consumo é cada vez mais estimulado, Poder parcelar de 6 a 48X dá-nos a falsa impressão de que o preço, mesmo alto e com juros exorbitantes, é mínimo, Nesse mundo de maquiagens, cirurgias plásticas, secadores, produtos químicos e roupas de griff, o que conta são as aparências, não o conteúdo, não importa se você lê 50 livros em um ano, se fala inglês, francês e mandarim. O que importa são quantos quilos você perdeu para o último verão, se cabe em uma calça 36, se tem Pradas e roupas de marca. Não importa se a conta no banco está no vermelho, desde que o batom vermelho esteja na Louis Vuitton. Possua, não seja. Conclui-se, portanto, que uma das melhores saídas ao culto do exterior, seria uma melhor aceitação de si próprio. Anestesiar-se as propagandas, comprar o necessário, o que se pode pagar. Preocupar-se mais com o conforto, não com a imagem. Enfim, reeducar- se para tirar apenas o proveitoso daquilo a que somos apresentados.