Os artesãos, trabalhadores e pequenos proprietários participantes da Revolução Francesa eram chamados de "Sans-Culottes", que significa "Sem calção". O culote era um calção justo que se apertava na altura dos joelhos, vestimenta típica da nobreza naquele país na época da revolução. Atualmente, assim como na França da Idade Moderna, aqueles que não têm condições para praticar ostentação são sempre mal vistos e excluídos de algum grupo social. No Brasil, a ostentação faz parte da cultura, pois é pregada e vangloriada pela mídia que influencia e até mesmo manipula a sociedade. Jung Mo Sung – teólogo e estudioso das ciências da religião – estava certo quando disse mesmo em um tom de crítica, que não importa se algo é obsceno, é bom ter algo de que poucos têm. Porquanto pesquisas mostram um alto número de brasileiros que usam até mesmo o dinheiro da comida para fazer parte da “nobreza” contemporânea. Por outro lado, existem os ricos ostentadores que de igual modo são manipulados pela mídia. Contudo, é fato que para o capitalismo continuar seu desenvolvimento, é necessário haver movimentação de dinheiro e consequentemente gastos por parte da população, entretanto, o que vem sendo passado através das gerações é que se deve gastar mesmo que não se tenha condições. Logo, é evidente que o déficit na educação pode deturpar os princípios de uma sociedade e torna-la manipulada. Fica claro, portanto, que é necessária reversão de valores por meio da exclusão de comerciais de TV supérfluos, por parte da mídia, os quais induzem os jovens a gastar aquilo que não têm. O governo deve introduzir a educação financeira, nas escolas, a partir do ensino fundamental. Isso deve ser feito através dos conteúdos de matemática financeira. Enquanto isso, os pais auxiliam na formação de pessoas não manipuláveis, através de educação domiciliar, dizendo às crianças sobre os princípios os quais formam um bom cidadão. Com isso, em um longo prazo de tempo, o Brasil, conhecido como pátria amada, poderá se orgulhar de realmente o ser.