Título da redação:

Casa grande e senzala do século XXI

Proposta: A ostentação e o consumismo.

Redação enviada em 19/05/2015

Carro conversível, cordão de ouro e mansão. Estes pertences, os quais são o sonho de consumo de muitos brasileiros, estão dando origem a um novo estilo de vida chamado ostentação. No entanto, essa forma de esbanjamento dá ênfase a um histórico problema brasileiro, a desigualdade social. Nesse sentido, é imperiosa a necessidade de tomarmos algumas atitudes que vão de encontro a essa problemática. A ostentação, como aliada da desigualdade social, consiste na utópica superioridade que muitas pessoas ricas julgam ter. Essa população que tem satisfatória condição financeira não se contenta, em sua maioria, apenas em possuir esses bens de alto valor agregado. Para ela, é preciso também mostrar que tem e ainda, sarcasticamente, zombar de quem não teve oportunidade de ter. Nesse sentido, surgiu o “Funk ostentação” que, através de músicas e vídeo clipes, tenta demonstrar poder vinculado à posse de produtos caros. Outra questão é que no Brasil, país extremamente marcado pela desigualdade, possuir carro do ano e casa grande é sinônimo de aceitação social. Nesse contexto, muitas pessoas pobres se endividam para possuir esses perdulários bens de consumo. Afinal, a ostentação está virando um estilo de vida cada vez mais presente na nossa sociedade e, infelizmente, colocando, muitas pessoas com o famoso “nome sujo” pelo simples objetivo de ostentar e ser bem visto aos olhos dessa sociedade de consumo. A ostentação, portanto, contribui para o problema da desigualdade social no Brasil. Dessa forma, as escolas devem inserir na carga horária matérias de cunho sociológico, nas quais os professores discutam sobre a ostentação, apontando que esta prática não é benéfica para a sociedade brasileira. Além disso, as famílias devem orientar seus filhos, através dos próprios exemplos, que compras devem ser feitas quando necessárias, uma vez que gastar além do que pode, coloca muitos cidadãos em conta com a justiça. A partir disso, podemos entender que a ostentação delimita a histórica casa grande x senzala no século XXI, o que precisa ser contido.