Título da redação:

A Sociedade Rotulada

Proposta: A ostentação e o consumismo.

Redação enviada em 29/08/2015

Na escalada social, o ter tem se sobressaído pelo ser. Para ser aceito em determinada classe, não é necessário de fato ser rico, pois parecer rico já é o suficiente. O consumismo desenfreado por roupas e acessórios de grife tem levado inúmeros brasileiros a se entregarem à modinha da ostentação. Primeiramente, deve-se levar em consideração que a ânsia por prestígio social e até mesmo pessoal tem alcançado milhares de pessoas de diversas faixas etárias e classes sociais. Desde a Grécia Antiga, as pessoas detentoras de maior poder aquisitivo eram as mais bem vistas e valorizadas na sociedade. Atualmente, esse estilo de vida não se alterou tanto, pois é notória a grande sede brasileira de “subir na vida”, a fim de alcançar status social e econômico. Tal comportamento se deve pela constante busca por poder. A ostentação, em um mundo capitalista e cada vez mais individualista, tem seu lugar de destaque, pois a partir do momento em que se adquire produtos de luxo, pode-se forjar uma aparência, ou seja, cria-se máscaras para parecer o que não é. A mídia, inclusive, teve seu papel fundamental para a criação da ideologia da ostentação: músicas e hits que enaltecem o dinheiro, como também filmes e novelas que mostram que o poder de consumir traz maior aceitação em grupos sociais. O que é realmente valorizado, é o fato de que quanto mais se tem, melhor é o tipo de tratamento que se recebe. Criaram-se rótulos sociais, que ditam as regras de inclusão e de exclusão, baseadas no poder aquisitivo. O consumismo exacerbado, além de influenciar na vida econômica do cidadão, pode também trazer prejuízos para o meio ambiente, pois a partir do momento em que se consome demasiadamente, há também um grande aumento da quantidade de lixo produzida, pois o produto que hoje estava na moda, amanhã pode se tornar obsoleto e ser eliminado, ainda sob condições de uso. Diante desses fatos, fica clara, portanto, a necessidade de haver uma conscientização social sobre o que é necessário e o que é opcional no consumo. A família e a escola podem trabalhar juntas na formação de ideais de jovens e adolescentes, grupos mais atingidos pela onda da ostentação. O governo e também ONG’s podem promover palestras e campanhas sobre consumo consciente, a fim de minimizar os danos causados pelo exagero. Com isso, o mundo seria mais igualitário e menos rotulado.