A história da humanidade sempre foi marcada pelo desejo de mostrar a sua condição social, revelada em suas vestimentas e acessórios. Entretanto, na atualidade nem sempre uma roupa de grife é exclusiva da alta sociedade. Master Card, visa, crédito com aprovação imediata, parcelamento em dez vezes sem juros. Com tantas ofertas, toda a sociedade, independente da situação econômica, atende ao comando: consumir e ostentar. Desde a segunda revolução industrial com o surgimento dos modelos de produção, a exemplo do fordismo, que o capitalismo vem ditando a padronização dos hábitos de consumo e o comportamento da sociedade. A humanidade precisa despertar para o precipício que caminha, a medida que é ludibriada pelo falso bem- estar que o consumo desnecessário oferece. As dívidas só aumentam, gerando stress e patologias como a depressão, caracterizada como "mal do século XXI", são evidentes, e não distinguem classe, raça e sexo. Ostentar é sinônimo de luxo, riqueza e poder. Todos esses critérios tem sido a base para a aceitação em um determinado grupo social. Basta perceber, os "tipos" que cada núcleo compõe, seja da mais alta sociedade ou até mesmo da periferia. Todos, sem exceção necessitam de um determinado tipo de produto, marca ou acessório que é o cartão de entrada para o clube. Contudo, os valores inerentes ao ser humano não podem estar baseados naquilo que possuem, em detrimento do que realmente são. Em primeiro lugar, uma forma de mudar essa realidade está diretamente ligada à base familiar, pois cabe aos pais educarem seus filhos a serem consumidores saudáveis. Somado a isso, o governo pode desenvolver projetos de atendimento psicológico gratuito, para aqueles que se sentem rejeitados pelos grupos ou aos indivíduos que buscam no consumo exagerado o seu "bem-estar", tornando-se um vício.