Bolsas, jóias, carros importados e roupas de grife. Todos esses elementos constituem, hoje em dia, um desejo a ser alcançado não só pela maioria dos jovens, mas também pelas outras faixas etárias. Essa necessidade de provar para a sociedade que somos "alguém" pelo que temos vem transformando a forma que consumimos no mundo contemporâneo. No decorrer da História, vimos os modos de produção se modificarem conforme a classe dominante vigente queria até o ponto que produzimos não só o essencial, mas também uma série de outros artefatos que servem para completar e/ou facilitar o nosso dia a dia, acrescentando um prestígio social em cima deles, onde se você obtiver uma dessas mercadorias, será diferenciado. Essa concepção, que logo levaria ao consumismo, deu certo devido a uma intensa propaganda sobre os produtos aliada não só a ideia de bem-estar social, mas um princípio de aceitação e elevação a uma camada especial, elitizada. Além disso, a difusão desses ideais através dos meios de comunicação, como a televisão (novelas) e o rádio (musicas), não só gera uma alienação, mas uma falta de consciência de classe, movendo ainda mais a produção, aumentando o lucro das empresas e criando a ilusão de que só seremos felizes se adquirirmos e exibirmos tais peças. Fica claro, portanto, que o consumismo, aliado a "moda ostentação" gerou um impacto cultural, principalmente depois do advento da globalização, fazendo com que muitas pessoas comprassem por status e pela sensação de privilégio no meio coletivo. Uma das medidas a serem tomadas para amenizar os efeitos negativos seria uma modificação na área das comunicações, principalmente das propagandas, onde haveria uma intervenção na abordagem dos itens vendidos e uma ação educacional e psicológica para orientar os indivíduos sobre o que consomem e a real necessidade do gasto em cima destes artefatos.