Viver em uma era capitalista como a atual traz muitas consequências, entre elas o consumismo em excesso. Já não bastava esse problema, ainda há a exclusão social por contar das classes criando a imagem de que o ter é mais importante que o ser. Nada como um país sem identidade como o Brasil, que antes era visto como o país Europeu e hoje é visto como “o país globalizado”. Não é de hoje que brasileiros se espelham em filmes e artistas consumistas para criar sua imagem. A obsessão pelos produtos caros, principalmente os estrangeiros, é surreal. No Brasil, diferente de alguns países, quem tem um iPhone é considerado rico, e os pobres que não querem ficar para trás compram o mesmo produto, mesmo sem condições ou as vezes até falsificado, independente da qualidade. Tudo isso deve-se ao fato da exclusão e dos padrões impostos pela sociedade, nos quais eles querem ser inclusos. Usar coisas caras e que estão sempre na moda não os fazem melhor que ninguém, pelo contrário, eles apenas fazem propagandas e promovem essas marcas, e pior, ao invés de receberem por tais promoções, eles pagam caríssimo por elas. A contradição é tão visível que o próprio consumidor se torna o produto. Trabalhar a supervalorização do “ter” nesse mundo consumista, mostrar a importância do ser, da criatividade e da importância da simplicidade é uma tarefa que se feita pelas escolas e familiares desde o ensino primário, mudará a visão alienada sobre o excesso consumista e o querer de exibir mais e mais.