Desde a formação das sociedades, as mulheres brigam por igualdade. É quase inacreditável que há pouco mais de cem anos o sexo feminino estaria, com o movimento das Sufragistas, reivindicando o simples direito de exercer a democracia. Hoje, lutas ainda acontecem, e um dos principais ringues é o mercado de trabalho. A mídia contemporânea induz a mulher ao status de "doméstica". Programas voltados para o público feminino com frequência trazem receitas, dicas de arrumação e limpeza, cuidado com os filhos e a mais diversificada sorte de assuntos relacionados ao lar. O pensamento que julga as mulheres como responsáveis pelo cuidado doméstico impacta diretamente a colocação da mulher no mercado de trabalho. A dupla jornada faz com que não sobre tempo para aperfeiçoamento profissional, e a produtividade também é afetada devido à exaustão causada pelo excesso de trabalho no lar. Outrossim, há, na sociedade, um machismo enraizado que define profissões como sendo masculinas ou femininas. Há quem se surpreenda quando se depara com uma mulher taxista, piloto de avião ou motorista de ônibus. Esse consciente coletivo é de difícil e demorada mudança, porém os movimentos feministas exercem um papel importantíssimo nesse processo. Podemos sintetizar que, no Brasil, existe um machismo enraizado. Para que haja a mitigação de problemas dessa ordem, é necessário que a sociedade, por meio de agentes de transformação social, busque entender o machismo como um problema grave, e deve-se promover a autorreflexão sobre comportamentos machistas do dia-a-dia, para que seja possível ter uma sociedade mais igualitária, pelo menos na questão de sexo.