Atualmente, torna-se notório o fato de que há uma divergência religiosa, mesmo que de forma timida, nas mais diversas manifestações culturais da Terra. A homogenização religiosa que nunca fez-se presente, fraqueja à medida que o tempo passa. De fato, isso constata uma constante progressão sociológica. Entretanto, com esse avanço, surge um grave problema: a intolerância religiosa. Indubitavelmente, encontra-se uma hierarquia de crenças na nossa nação. Há um grande comparecimento de repúdio à doutrina alheia. Exemplo disso, é a antepaixão sofrida pelas religiões africanas, no Brasil. Embora sejam regidas leis contra às demonstrações mais severas de preconceito, esse problema ainda é persistente na vida de muitos brasileiros. Seja pelo cultivo de desprezo enraizado entorno da população negra, por conta de períodos históricos anteriores, ou simplesmente por dificuldade em aceitar a diversidade, esses eventos de teor repulsivo são existentes na nossa sociedade, demonstrando o quão carecente é o exercício reflexivo de relativismo cultural na vida de uma parcela dos cidadãos. Frente a esse caos contemporâneo, surgem ponderosas questões desastrosas intimamente ligadas ao credo. Exclusão social e ofensas pessoais, são algumas ações que, infelizmente assolam parte da população social. Ocorram no mundo tangível ou no não palpável, esses atos propiciam implicações preocupantes que necessitam de um fator resultante funcional capaz de dar fim a essa perversidade. É de saber comum que a doutrina cristã é majoritária na nossa nação. Desse modo, o restante da diversidade religiosa é passível de sofrer um processo de indiferença pela maior parte dos sapiens. Tendo em vista essa problemática, surge, então, a necessidade de uma implantação de um plano sistemático capaz de tornar possível a compreensão de crenças divergentes a comum. O componente curricular “Ensino Religioso”, sofrendo uma reformulação na sua grade de assuntos abordados, buscando uma integração maior com diversas religiões, não limitadas ao evangelismo e ao catolicismo, através de brincadeiras alusivas, e um dinamismo educativo incentivando a meditação do ato de relativismo cultural, é um caminho para deter a intolerância religiosa.