É de conhecimento geral a carta escrita, no século XVI, por Pero Vaz de Caminha e enviada aos portugueses relatando a catequização feita por padres nos índios e escravos. Visto que essa imposição da religião cristã é considerada intolerância religiosa, pois ambos grupos sociais tiveram crenças excluídas e rotuladas como impuras. Logo, na sociedade contemporânea a permanência do preconceito histórico encontra barreiras para ser vencido. De acordo com dados da Secretaria de Direitos Humanos do Governo Federal, a cada 3 dias uma denúncia é feita. Embora, o número de casos pode ser maior, o desconhecimento que intolerância é crime com pena de multa à detenção, promove a falsa impunidade. Outro fator importante é o conceito de religião respeitável somente aquela que o indivíduo participa. Assim, o preconceito é expressado em forma de piadas inconvenientes, que desvalorizam a crença citada. O ódio alimenta-se do desrespeito, nota-se sua consequência em forma de violência física. A intolerância religiosa no Brasil, portanto, enfrenta obstáculos para ser combatida. É fundamental garantir a autonomia religiosa que está prevista na Constituição Federal do ano de 1988, para isso o Ministério dos Direitos Humanos em parceria com a mídia, precisa elaborar campanhas publicitárias incentivando a denúncia em caso de crime. Como também o Ministério da Educação deve estabelecer o estudo religioso como obrigatório no ensino fundamental, a fim de no futuro estabelecer o respeito.