Não é só de boca em boca que, supostamente, aprendemos a tolerar as religiões. Está na Constituição que isso deve ser feito. O nosso país, com uma postura laica é "receptivo" a todas as crenças, porém esse tênue respeito, muitas vezes, ofusca uma discriminação passiva, silenciosa às religiões não cristãs. Assim, percebe-se que o Brasil não é laico na prática, que há, sim, intolerância e que o fato causa uma visão unilateral da religião e uma segregação social devido à ignorância e desrespeito. Embora definindo-se politicamente como sem religião, o Brasil corrobora, mesmo indiretamente, atitudes preconceituosas. Ainda na escola, ouvimos informações desconexas às religiões africanas, por exemplo, podendo formar pessoas sem um noção de mundo, desvalorizando os Direitos Humanos e condicionadas ao cristianismo exacerbado do mundo ocidental. Isso mostra que a intolerância religiosa contribui para a não aceitação de novos costumes, formando ignorantes. Além disso, a problemática do ser enxergada um pouco mais a fundo. Dados da PUC-Rio registram que em 840 terreiros, 430 sofreram preconceito. Essas atitudes, tão infantis, não aparentam ocorrer no século XXI, era da informação e troca de culturas. O que ocorre é uma marginalização dessas religiões descriminadas, mostrando que a população brasileira ainda pratica atitudes ridículas, por terem tabus sem nexo, como na opressão do catolicismo na Reforma Luterana. Isso mostra que há uma segregação devido à intolerância religiosa. Diante do entendimento de que, embora no rumo do desenvolvimento, o país precisa reavaliar as suas posturas nessas questões sociais, como na intolerância religiosa, É preciso que realizemos debates nacionais e internacionais e campanhas para conscientizar a população e mostrar um outro lado da moeda e acabar com essa visão errônea que temos de distintas religiões.