A intolerância religiosa vem desde a antiguidade, e permanece até os dias atuais. Suas consequências deixam marcas históricas, como o genocídio dos judeus na Segunda Guerra Mundial ou os ataques do Estado Islâmico na atualidade. E em um país diversificado religiosamente como o Brasil, a intolerância é uma realidade. Porém, faz-se necessário analisar a raiz do problema para chegar a uma solução. No Rio de Janeiro a jovem Kaylane Campos, foi agredida com pedradas por estar usando vestimentas do candomblé. As religiões afrodescendentes são as principais vítimas de preconceitos religiosos. Esse fato está ligado ao passado escravocrata, em que os negros eram proibidos de cultuar seus deuses, Orixás como Oxum e Xangô. Hoje, mesmo com a prática livre dos cultos, uma parte da população sem o conhecimento os associam a bruxaria. Además, o fanatismo e a imposição de religiões que se autodescrevem como “únicas” e “verdadeiras”, trazem um peso negativo na luta contra a intolerância. Haja visto que de acordo com o escritor João Guimarães Rosa, nenhuma pessoa nasce pronta, todas podem ser moldáveis. Essa visão de supremacia pode ser transformada. Portanto, fica evidente que na luta contra a intolerância, o conhecimento é a principal arma. O MEC poderia contribuir de forma positiva, acrescentando disciplina sobre a história africana e seus cultos, pois de acordo com o africanólogo Alberto da Costa e Silva, é preciso saber que a história da África é tão bonita quanto a da Grécia. E o MINC poderia criar encontros ecumênicos, como congressos, palestras e etc. E utilizar a mídia para incentivar a população a participar.