Sendo dotado de razão, o homem é o único animal capaz de julgar as escolhas e ações de outrem, tornando-o, muitas vezes, intolerante. Somado a isso, as instituições religiosas promovem, na contemporaneidade, uma atitude medieval: a acepção de indivíduos, cujo estilo de vida difere dos dogmas cristãos. Também incluso nesse cenário ignóbil, o Brasil apresenta uma enorme diversidade cultural, onde instituições religiosas corrompem com a dignidade de um grande contingente de "pecadores". Vale ressaltar ainda que, o estado democrático de direito tem como fundamentos a dignidade. Contudo, esta é degradada em razão da exclusão de homossexuais no mercado de trabalho e igrejas; com o menosprezo e conflito entre religiões; e com a aversão da sociedade cristã no que se refere às etnias de origem africana. Sendo assim, o Brasil de igualdades torna-se utopia para esses "abomináveis", como os seguidores do cristianismo chamam-os. Ademais, a mensagem mal compreendida por fiéis pode estimular cidadãos a serem extremistas religiosos, excluindo outros indivíduos do ciclo de amizades e, nos casos mais graves, atacando outras culturas. No Brasil, cresce o número de homossexuais, vítimas de agressões e assassinatos, concomitante com o aumento da quantidade de pessoas nas igrejas. Por esse motivo, o governo federal deve fiscalizar as ideias disseminadas nos cultos, impedindo a propagação de valores preconceituosos através da aplicação de leis. Contudo, a própria instituição religiosa pode promover a integração social, aceitando os demais credos. Doravante, o poder público deve firmar acordos com as igrejas, estabelecendo limites que não corrompam a dignidade de ninguém, e não proibindo a expressão de opinião dos cristãos. Além disso, o município pode ceder meia-entrada para indivíduos de etnias oriunda da África e homossexuais, com o intuito de possibilita, à estes, uma maior interação social. Desse modo, a solidariedade, a compaixão e, principalmente, a tolerância serão dogmas dos contemporâneos.