Em 2015, o ataque fundamentalista ao jornal Charlie Hebdo colocou em destaque discussões sobre a liberdade de expressão e a intolerância religiosa. No entanto, casos de austeridade são vistos desde o século XII, na França, com as Inquisições - perseguições feitas pela Igreja Católica cujo objetivo principal era combater a heresia. Infelizmente, não há como negar a existência da intolerância religiosa no Brasil, sendo esta reflexo de uma colonização outorgada e de ideias preconceituosas enraizadas na cultura nacional, nesse sentido tais atitudes colocam em xeque a característica primordial do país: a diversidade. Em primeiro plano, a chegada dos jesuítas ao Brasil deixou claro a falta de habilidade do grupo em reconhecer e respeitar diferentes crenças religiosas, já que estes impunham o catolicismo como forma de civilizar os índios. Indiscutivelmente, esse preconceito inter-religioso ainda é um problema em um país laico e democrático, a exemplo disso está a menina, 11 anos, apedrejada no Rio de Janeiro por sair de uma reunião do Candomblé. Outrossim, discursos de ódio contra pessoas com crenças divergentes são comuns em âmbito nacional, mesmo com a miscigenação histórica e cultural, dando lugar ao fanatismo que conduz pessoas a realizarem verdadeiras guerras em nome da religião. Nesse contexto, surgiu os Neonazistas no Brasil, 1980, que resgataram a ideologia propagada por Adolf Hitler - onde 11 milhões de pessoas foram mortas por serem judeus, testemunhas de Jeová, ciganos, entre outros, regime que ficou conhecido como Holocausto. Portanto, para que a intolerância religiosa deixe de ser um problema que assombra a nação brasileira, faz-se necessário a criação de debates nas escolas, com palestras que apresente as diferentes crenças, histórias e culturas. Além disso, a parceria entre as famílias e os institutos de educação é fundamental para propagar ideias de respeito mútuo. Ademais, o Estado deve oferecer às pessoas que praticarem esse tipo de intolerância reuniões que exaltem as diversas doutrinas, para casos mais graves deve-se impor punições mais severas com multas e confinamentos. Tais medidas são de extrema importância para criar uma relação harmoniosa entre as crenças presentes no país.