Apesar de a essência das religiões se basear no amor ao próximo, muitos líderes religiosos pregam a intolerância. Contudo, muitos conflitos presentes até os dias atuais são frutos de intolerância e desrespeito à religião do próximo. Portanto a religião, que possui a intenção de impulsionar um ambiente harmônico aceitando as diferenças, acaba sendo usada para financiar a desarmonia e o preconceito. No século XVI, o trabalho dos jesuítas financiados pela Coroa Portuguesa, com a desculpa de espalhar o cristianismo, resultou na deformação da cultura indígena e demonização da cultura africana. Isso ocorreu porque para impor a religião cristã foi necessário oprimir a cultura indígena, que para os portugueses era considerada não civilizada. Além disso, naquela época o cristianismo acreditava que os negros não possuíam alma, e assim, concluíam que a religião africana adorava o mal. Refletindo assim, no preconceito vivido no Brasil atual, no qual um indivíduo mal informado possui medo das religiões afro-descendente e considera inferior a cultura indígena. Ademais, a intolerância gerada pelos dogmas pode ser disputada por integrantes de mesma religião, e até evoluir para um conflito armado. Como exemplo disso, tem-se a briga entre extremistas xiitas e sunitas no Oriente Médio. Apesar se serem da mesma seita, por terem uma opinião diferente em relação a figura do líder religioso, batalham entre si utilizando armas de fogo e armamentos explosivos. Dessa maneira, a religião, que tem sua essência baseada no respeito ao próximo, é utilizada em pról de conflitos e preconceito. É necessário que os líderes religiosos passem a interpretar melhor seus dogmas, com apoio de estudantes de teologia, para pregar a tolerância ao invés do preconceito. Além disso, seria eficiente, por parte do governo e da mídia, a proliferação de propagandas contra o preconceito religioso e a favor da identidade e respeito. Mediante esses fatos, conseguiria-se eliminar boa parte da intolerância e dar um passo ao objetivo de todas as religiões, o amor ao próximo.