É cada vez mais comum a criação de estereótipos que imprimem à etnia características de conduta de quem a segue, além de muitas vezes por em xeque o profissionalismo do cidadão mediante sua religião. Uma vez que os seres humanos são todos de uma única espécie, o que os distingue é a cultura. A religião, componente da identidade individual se torna motivo de preconceito e luta, quando a intolerância prevalece. Ao se tratar de uma nação miscigenada e laica como o Brasil, é discutível a origem do problema e seus impactos. Desde que o novo mundo foi descoberto e o atual Brasil foi colonizado, inúmeras missões jesuítas foram enviadas. Padres munidos de cruzes, terços e bíblias viajavam com objetivo de catequizar e tornar os índios adeptos ao catolicismo. Porém, analogamente aos rituais, costumes e crenças da doutrina Romana, os nativos possuíam sua própria ideologia que não era legitimada e sim reprimida. Ou seja, o etnocentrismo sempre esteve presente história brasileira e parece estar longe de abandoná-la. Previsto em Constituição, o Estado brasileiro é laico, o que quer dizer que todas as religiões são permitidas, não admitindo perseguição ou violação desses direitos. Porém, a situação se contradiz a medida que em locais públicos, como tribunais, se encontra o crucifixo, item simbólico de determinadas religiões. O problema se localiza quando ao mesmo tempo em que se antevê em lei comportamentos, a própria instituição criadora não os respeita. Portanto, deve-se reconhecer que apesar das extremas diferenças, o pretexto de devoção deve ser usado para unir a nação e não polarizá-la. O Estado deve tomar atitudes como se adequar às próprias regras, punir os que infringem o código legal e reconhecer os valores de cada etnia. Protestos e passeatas podem ser feitos ao passo de esclarecer e iluminar aqueles que combatem o estranho porque o desconhece. Assim sendo, a nação poderá se unir não necessariamente pela mesma religião, mas por um mesmo objetivo: a busca pela tolerância.