A constituição brasileira de 1988, onde estabelece que a liberdade de crença é inviolável, tornou-se apenas letras que ficaram guardadas em papéis. O Brasil é dito como um país laico, porém a realidade não é bem assim. A falta de tolerância religiosa é perceptível quando se lembra do caso de agressão ocorrido com a candomblecista Kailane Campos, no Rio de Janeiro. É correto dizer que há a liberdade de escolher sua própria religião, no entanto, o que falta é respeito por parte das outras pessoas. Onde fica o país laico diante disso? A intransigência ocorre e não é de hoje. Judeus foram perseguidos, discriminados e a maioria mortos, religiosos fundamentalistas matam e colocam a justificativa em sua crença. E assim a violência vai se propagando no mundo todo, criando um combate entre a liberdade de escolha e o medo de escolher. A maioria da população brasileira prefere ficar calada diante das agressões sofridas, visto que apenas 1% das vítimas denunciam tais barbáries. Por conseguinte, o número alto de casos continua ocorrendo. Esse silêncio acaba propiciando para que a realidade continue da forma em que se encontra. É importante que a sociedade se mobilize e manifeste contra esses atos. Campanhas e palestras por parte do governo conscientizando as pessoas a respeitar o próximo; seja católico, protestante, budista ou as demais religiões. É preciso, também, que as leis sejam cumpridas, dando assim mais segurança a vítima. E é fundamental que não se deixe de denunciar, para que esse tipo de atrocidade seja combatida.