Título da redação:

A Isonomia Social

Proposta: A intolerância religiosa no Brasil

Redação enviada em 07/11/2016

Assim como afirmava Monteiro Lobato em suas obras literárias, “não basta acabar com a escravidão, é preciso acabar com sua obra”. É perceptível, nesse sentido, as falhas dos setores administrativos do país no processo de inclusão social, principalmente de Afrodescendentes. Haja vista que essa parcela da população ainda sofre preconceito e discriminação por suas crenças religiosas serem diferentes do catolicismo que predominava no período Imperialista. Apesar da discriminação religiosa ser considerada crime pela Constituição Federal do Brasil, ainda há preocupantes estatísticas sobre o assunto. Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos, cerca de 35% das denúncias sobre preconceito religioso são sobre Afro-brasileiros, enquanto 27% são sobre os evangélicos. Ademais, essas denúncias tornam-se ainda mais agravantes quando aproximadamente 15% envolvem violência física. O Brasil é considerado um país miscigenado e com grande diversidade cultural, pois é composto por povos de diferentes partes do mundo. Dessa forma, o preconceito religioso retarda o crescimento do país em vários sentidos, principalmente o crescimento econômico e social. Pois a discriminação prejudica o acesso igualitário ao mercado de trabalho, a garantia de segurança pública e a liberdade de crença de cada cidadão. Sendo assim, é necessário que o Estado, como provedor de direitos, desenvolva campanhas midiáticas de conscientização sobre a liberdade de crença e sobre o preconceito racial, uma vez que a população afrodescendente é a mais afetada. Isso poderá ser feito, por meio do tempo de concessão gratuito do Estado nos canais televisivos. Além disso, é preciso viabilizar e ampliar os canais para denúncias dos fiéis. A interação entre a sociedade e o governo com a próprias religiões pode facilitar esse processo.