Desde 1500 com a colonização da América e o tráfico negreiro, novas formas de costumes e religiões adentraram o Brasil. Os africanos com seu Candomblé, muitas vezes foram discriminados por outros que consideravam suas danças e crenças atos satânicos. Hoje, em meio á grande miscigenação religiosa ainda se esconde uma intolerância e desrespeito com credos diferentes. A intolerância se manifesta a partir do momento que um determinado grupo não respeita a liberdade de escolha do outro grupo, isso se deve a grande dificuldade de aceitar o diferente. Desse modo, a sociedade se mostra segregada tanto socialmente, quanto religiosamente. Segundo Voltaire a intolerância religiosa tem como principal fundamento a busca pelo poder, assim, cada qual quer fazer sua crença e costume prevalecer, ou seja, ser dominante. Portanto, se não houver respeito entre os diversos credos, a intolerância continuará a prevalecer. Com isso, o breve discurso que “religião não se discute”, parece não fazer efeito em um Brasil que é considerado laico e democrático, em que os danos da intolerância e desrespeito se tornam óbvios na sociedade, quando pessoas são mortas, agredida, discriminada e têm seus patrimônios obstruídos, como já ocorreu em terreiros de Candomblé. Portanto, a fim de amenizar o confronto entre as diversas crenças o governo junto à mídia deve estimular o respeito entre as diferentes religiões, através de campanhas. Enquanto as escolas, estas podem promover debates entre os alunos que procurem abordar, explorar e equilibrar as diferentes escolhas. Ademais, cabe a sociedade se conscientizar e respeitar os direitos do próximo.