Graças à globalização, o relacionamento intercultural é cada vez mais abrangente. Assim, pessoas com posicionamentos ideológicos diferentes são postas em contato diariamente. A partir disso, ampliam-se as práticas de intolerância religiosa, já que o indivíduo, na maioria dos casos, considera válido apenas o seu ponto de vista. As intensas migrações para o território brasileiro contribuíram para a diversidade cultural desta nação. Assim, convém destacar que a religião estava diretamente relacionada ao capitalismo. Dessa forma, a ideia de superioridade e dominação entre culturas distintas foi bastante utilizada para formar o atual Brasil. Com isso há, ainda no século XXI, permanência do desrespeito à liberdade individual de escolha de culto. Fomentando atos violentos de abrangência física e psíquica que afrontam o que rege a Constituição e os Direitos Humanos. O preconceito religioso assume formas multifacetadas que têm como base a ausência de conhecimento. É válido salientar que os atos de discriminação ocorrem frequentemente camuflados em piadas e brincadeiras. Isso contribui diretamente para a manutenção, entre os brasileiros, de um conhecimento vago a respeito de religiões como as de descendência oriental e africana. Convém destacar, ainda, que os atuais atos de segregação no âmbito religioso conseguem ser tão prejudiciais quanto os do passado. Isso se deve, principalmente, à sociedade ainda mais individualista e com laços interpessoais volúveis. O desrespeito às diversas religiões é movido principalmente pelo individualismo, É necessário, portanto, uma ação mais efetiva do governo na formação de campanhas que promovam o respeito às diversidades e que ampliem o conhecimento da população sobre o que pregam as várias religiões. Unido a isso, as escolas podem incluir ou ampliar aulas de Ensino Religioso, ensinando as crianças sobre o respeito às crenças e a validade delas na construção da sociedade brasileira.