É necessário afirmar que o indivíduo com Síndrome de Down ainda não é efetivamente integrado na sociedade. Essa preocupante realidade prejudica o desenvolvimento desse cidadão e da população . Por isso, é importante a aplicação de uma medida cujo objetivo seja solucionar esse quadro. Primeiramente, deve-se ressaltar os motivos responsáveis pela existência desse problema. Um deles vem da superproteção presente em algumas famílias de portadores de Síndrome de Down. Os pais, por se preocuparem com as limitações físicas e cognitivas causadas por essa síndrome, passam a cuidar excessivamente do filho, auxiliando ele, por exemplo, na alimentação e locomoção, além de buscarem estar sempre próximos da criança durante sua rotina. Essa situação prejudica o desenvolvimento de autonomia da criança e a inserção dela na sociedade, uma vez que a proteção excessiva da família pode desestimular o indivíduo a estabelecer relações sociais. Ademais, as escolas destinadas às pessoas com necessidades educativas especiais(NEE), em sua maioria, não ensinam conteúdos escolares e nem realizam avaliações, por partirem do princípio que os indivíduos com Down são incapazes de aprender. Esses institutos, além de desestimularem o desenvolvimento do intelectual da criança, contribuem com a separação entre a sociedade e os cidadãos com deficiência. Em segundo lugar, é relevante ressaltar os efeitos negativos promovidos por essa realidade. Os cuidados excessivos e a educação especializada geram indivíduos dependentes, sem nenhuma autonomia e nem intelectual desenvolvido até sua capacidade máxima. Com isso, a pessoa com Síndrome de Down, por crescer nesse meio pouco estimulante, pode se transformar ,no futuro, em um adulto isolado da sociedade, que interage apenas com a família e depende dela, entre outros motivos, financeiramente. Afirma-se isso, uma vez que a falta de uma educação regular e a dificuldade de interagir socialmente, prejudicam a aquisição de emprego. Outra preocupante consequência é a manutençaõ da intolerância com a população de Síndrome de Down, resultado da segregação social. Constata-se isso, pois a falta de convívio com esses indivíduos, contribui para que a sociedade não compreenda as necessidades do deficiente e nem desenvolvam respeito por eles. Logo, é essencial que as escolas regulares passem a adotar uma educação inclusiva, a qual atende as necessidades de todos os alunos, com ou sem NEE. Para isso funcionar, é fundamental que os professores tenham paciência, atitude e acreditem no potencial de aprendizagem da criança com Síndrome de Down, uma vez que já possuem preparação profissional para lidar com esses alunos. Dessa forma, a escola se torna um ambiente inclusivo, onde as crianças conviverão com indivíduos deficientes, aprendendo a respeitar eles e formando uma sociedade mais unida em relação ao Síndrome de Down.