Para o filósofo Michel Foucault, " o papel do governo é maximizar o bem-estar de seu povo - administrar a disposição certa das coisas." Desse modo, é possível observar que as pessoas com síndrome de down não fazem parte do "povo", já que o Governo não garante acessibilidade a esses indivíduos, tampouco prevê medidas de integração social. É sabido que receber um aluno com síndrome de down na sala de aula não significa inclusão, pelo contrário, o despreparo dos professores e do ambiente escolar são gatilhos para a exclusão, de modo que ao invés de integrarem o indivíduo, acabam por excluí-lo devido a diferença na sua forma de tratamento. Vale ressaltar que nem todas as escolas são despreparadas assim, existem também escolas especializadas para deficientes, entretanto, as mensalidades são abusivas - como foi exposto no G1. Ademais, a escola inclusiva não espera que o aluno se adeque a ela, pois é a escola que se modifica para melhor formar o estudante. Nesse ínterim, alunos com deficiência adaptam-se muito bem às escolas quando sentem-se aceitos, compreendidos e conseguem aprender na escola, além do mais, o Conselho Federal de Psicologia afirma que qualquer ser humano não fica bem aonde se sente excluído, incompreendido, não aprende e é rejeitado. Contudo, a sociedade ainda é preconceituosa e isso diminui as oportunidades do mercado de trabalho para os portadores da trissomia do cromossomo 21, de acordo com a revista Época. Infere-se, portanto, com o fim de garantir integração social das pessoas com síndrome de down, cabe ao Governo Federal investir na qualificação dos docentes, por meio de cursos obrigatórios, com o intuito de prepara-los para situações diversas com os deficientes em sala de aula. Para mais, o Governo também pode promover um decreto que obrigue as empresas a contratarem, a partir de uma quantidade determinada de funcionários, portadores de síndrome de down, a fim de que sejam inclusos no mercado de trabalho. Somente assim, o bem-estar citado por Foucault será garantido para essa minoria.