A trissomia 21, a chamada síndrome de Down, é uma condição cromossômica causada por um cromossomo extra no par 21, que acomete uma notável parcela social. Embora apresentem deficiências intelectuais e de aprendizado, quando são estimuladas, mostram-se capazes de realizar quaisquer atividades sociais. No entanto, essa não é a realidade enfrentada por essa parcela da população brasileira, visto que há um deficit na qualidade da educação brasileira. Nesse sentido, pode-se inferir que a integração social dos cidadãos com síndrome de Down apresenta-se continuamente defasa, tornando-se, assim, uma questão passível de intervenção. Mormente, é de suma importância salientar que, atualmente, não é disponibilizada educação de qualidade há essa população. No início do ano de 2017, foi ao ar no RJTV, uma reportagem na qual mostrava a dificuldade enfrentada pelas mães de alunos portadores dessa síndrome, onde elas tinham seus entes negados nas escolas púbicas devido à falta de profissionais capacitados. Nessa perspectiva, ocorre que analogamente ao que acontecia em Esparta, onde os deficientes eram sacrificados por não serem necessários a sociedade, hoje, no Brasil, essa parcela da população é continuamente deixada em segundo plano, que por graças a falta de conhecimento da sociedade, acredita que eles não são capazes de aprender nem interagir socialmente. Dessa maneira, tem-se que essa falta de estrutura nas escolas mostra-se como um dos obstáculos a uma formação de qualidade e integração social. Ademais, é importante ressaltar que portadores da síndrome de Down sofrem, continuamente, discriminações, dificultando o processo de interação social. Atualmente, devido à falta de informações acerca dessa doença, uma grande maioria da população afirma que os acometidos da trissomia 21 não são capazes de desempenhar o papel social, tendo como consequência a inferiorizarão desses cidadãos, causando-lhes, em muitos casos, a depressão e até o suicídio, haja vista que de acordo com Durkheim a pessoa não comete suicídio porque quer se livrar da vida, mas porque ela vê a necessidade de livrar-se das opressões impostas por ela. Desse modo, pode-se afirmar que as discriminações contribuem assiduamente para o deficit da interação social. Torna-se evidente, portanto, que a ignorância da população acerca dessa síndrome contribui para a falta de integração. Sendo assim, é necessário que o Ministério da educação crie programas de capacitação de profissionais para atuarem nas escolas, ensinando-lhes como se portar e maneiras de ensinar que facilitem o aprendizado, objetivando integrá-los as escolas e garantindo-lhes acesso a educação de qualidade. Além do mais, é preciso que o Governo Federal, junto com as mídias, criem propagandas mostrando a sociedade que as pessoas afetadas pela trissomia 21 são totalmente capazes de realizar qualquer atividade, com o intuito de acabar com o tabu de que os portadores são sempre dependentes e precisam ficar sobre cuidados. Dessa forma, a sociedade começará a atingir a isonomia que é tão defendida pela Constituição Brasileira.