Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 11/04/2018

Na sociedade espartana, durante a Antiguidade Clássica, a maioria das crianças deficientes era lançada ao mar ou em precipícios. Entretanto, essa visão estereotipada de que os portadores de necessidades básicas são diferentes e que não devem ser tratados com isonomia perdura hodiernamente. Diante disso, o preconceito contra os portadores de Síndrome de Down na sociedade contemporânea é um problema, o qual é causado não apenas pela ineficácia de inclusão em escolas de ensino regular, mas também pelo descaso estatal. Mormente, é inegável que as escolas especiais, como a APAE, limitam a socialização dos alunos com Síndrome de Down, também denominada Trissomia do 21. Além do mais, a grande parte das escolas regulares não disponibiliza vagas para pessoas com tal doença. Com isso, os alunos sem deficiências não têm muito contato com esses portadores ao longo da vida escolar e, consequentemente, muitos deles, tratam com desrespeito os portadores dessa trissomia. Desse modo, para que os brasileiros com Síndrome de Down sejam integrados na sociedade, como foi o caso de Pablo Pineda, primeiro indivíduo com essa síndrome a angariar um diploma universitário na Europa, é fundamental que a mudança comece no âmbito educacional. Além disso, a Constituição Cidadã, por meio do Artigo 5º, assegura aos brasileiros a igualdade perante a lei. Esse artigo, no entanto, encontra-se deturpado atualmente, visto que os portadores de Síndrome de Down são tratados de forma indiferente pelo Estado. Por conseguinte, verifica-se que a ausência de leis protetoras e punitivas, capazes de proteger esses indivíduos, atua como um agravante do problema. Dessa maneira, o descaso do poder público obstaculiza a integração desses deficientes na sociedade, prova disso é que apenas 33% dos portadores da Trissomia do 21 estão no mercado de trabalho, conforme pesquisas da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down. Fica evidente, pois, que esses deficientes são marginalizados na sociedade hodierna, seja pela ausência de leis que os integrem em escolas regulares, seja pelo descaso do Estado. Faz-se necessária, portanto, uma medida governamental, em que o MEC reserve vagas em escolas públicas regulares às pessoas com Síndrome de Down- uma vez que a educação é um importante meio socializador. Também, compete ao Poder Executivo sancionar leis, por intermédio de consultas populares, com o fito de selecionar e assegurar os direitos básicos desses deficientes, e, ainda, criar ouvidorias anônimas, com o auxílio dos policiais militares, com o objetivo de receber denúncias de desrespeito contra os portadores dessa trissomia e eliminar o preconceito. Dessa forma, assim como Pablo Pineda, as pessoas com Síndrome de Down poderão ser tratadas com equidade na sociedade brasileira.