Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 09/04/2018

Em Esparta, no período da Roma Antiga, crianças ou pessoas que adquiriam deficiência eram lançadas ao mar ou em precipícios. Entretanto, essa visão estereotipada de que os portadores de necessidades especiais são diferentes e não podem ser tratados com equidade ainda perdura hodiernamente. Diante dessa perspectiva, nota-se como um impasse na sociedade brasileira o preconceito contra os portadores de síndrome de Down, seja pela ineficácia da inclusão desses deficientes em escolas regulares ou pelo descaso estatal no que tange a questão. Em um primeiro plano, é inegável que a escola é um importante meio socializador. Nesse cenário, um dos grandes problemas no Brasil é a falta de inclusão dos portadores com síndrome de Down nas escolas de ensino regular, uma vez que as escolas especiais privam os deficientes de expandir relações sociais e agravam, ainda mais, o preconceito, o que deturpa o pensamento de Paulo Freire, o qual afirma que a educação transforma as pessoas. Desse modo, para que os brasileiros com síndrome de Down consigam estudar e se incluir no mercado de trabalho, assim como Pablo Pineda, primeira pessoa com essa doença a obter diploma universitário na Europa, é fundamental que as instituições de ensino regular facilitem a inclusão desses deficientes. Além disso, observa-se a transgressão do Artigo 5º da Constituição Federal de 1988, o qual diz, teoricamente, que todos são iguais perante a lei. Por conseguinte, é notória a ausência de políticas públicas capazes que incluir os portadores de síndrome de Down, uma vez que o Estado brasileiro não promove a paz entre os cidadãos, como outrora afirma Thomas Hobbes em “Leviatã”. Dessa maneira, o descaso estatal colabora com a marginalização desses indivíduos na sociedade, os quais possuem direitos básicos violados, tais como o direito à educação, à saúde e à isonomia, o que demonstra a inoperância da democracia no Brasil. Fica evidente, pois, que os portadores da trissomia do cromossomo 21 sofrem preconceito não somente devido à falta de inclusão nas escolas, mas também devido ao descaso do Estado. Faz-se necessária, portanto, uma ação sociogovernamental, em que o MEC reserve vagas em escolas e universidades públicas aos portadores de síndrome de Down- visto que a educação atua como um importante agente na socialização dos indivíduos-, e que as esferas executiva e legislativa sancionem leis que se refiram aos direitos dos cidadãos com essa síndrome e promovam, por meio da internet e da televisão, propagandas que possam demostrar à população a importância de respeitar os portadores de síndrome de Down. Dessa forma, assim como Pablo Pineda, os cidadãos brasileiros com a trissomia do 21 poderão ser tratados com cidadania e equidade.