O homem nasce livre, mas por toda parte encontra-se acorrentado. Tal declaração proposta por Rousseau durante a efervescência do iluminismo no século XVIII permite refletir nos dias atuais sobre como a intolerância aos portadores da Síndrome de Down se tornou um fator preocupante, tendo em vista a dificuldade de se ingressar no ensino público e no mercado de trabalho. Essa problemática representa um desafio que deve ser solucionado de forma mais organizada pela sociedade brasileira. Nesse sentido, convém discutir os principais desafios desse fenômeno no país. Como análise inicial, é possível afirmar que a Síndrome de Down é causada pela trissomia no cromossomo 21e afeta principalmente a capacidade cognitiva do portador, dificultando sua integração no meio social. Prova disso, é a falta de infraestrutura nas escolas públicas, uma vez que, os professores não são capacitados para acompanhar os alunos com necessidades especiais. Desse modo, é inadmissível o Governo não tomar providências acerca desse hábito. Outrossim, de acordo com o artigo 27 da convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, preleciona que todos têm direito a oportunidades iguais de trabalho. Entretanto, percebe-se o agravamento da inclusão quando se trata de indivíduos com deficiência intelectual, visto que, há preconceitos no que tange a inclusão de um profissional com incapacidades para trabalhar na empresa. Porém, estudos mostram que agregar esses portadores pode trazer “saúde organizacional” desenvolvendo um bom desempenho no mercado empresarial. Logo, para que os ideais de liberdade, igualdade e fraternidade não seja apenas uma preposição teórica, é necessário, portanto, que o Governo Federal promova cursos que visam capacitar os professores, como Workshops e palestras, com o intuito de orientá-los acerca da educação aos portadores da Síndrome de Down. Além disso, é de suma importância as empresas desenvolver um trabalho de profissionalização adequado às necessidades especiais, por meio de análises sobre a óptica de suas qualificações, e não de suas restrições para o trabalho. Espera-se, com isso, diminuir ou até erradicar esse entrave em longo prazo.