Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 07/04/2018

Na década de 1980, a Síndrome de Down era conhecida, popularmente, como “mongolismo”. Esse nome pejorativo era reflexo de uma sociedade carente de conhecimento sobre o assunto e, por isso, com preconceito enraizado. Nos dias atuais, portanto, graças aos avanços na área médica e maior acesso à informação, resultado do progresso tecnológico que proporcionou diversos meios de comunicação, é de maior alcance público que a Síndrome de Down é consequência de alterações genéticas devido à trissomia do cromossomo 21. No entanto, atualmente, a integração social de portadores dessa síndrome enfrenta diversas resistências na sociedade, como a falta de estrutura das instituições de ensino e o prejulgamento existente no mercado de trabalho. É importante pontuar, de início, a ineficácia de instituições de ensino em incluírem pessoas com Síndrome de Down nos seus ambientes. Nesse sentido, escolas e universidades, tanto públicas como privadas, não possuem corpo docente apto para ensinar e proporcionar a inclusão desses portadores no âmbito escolar. Isso se deve, sobretudo, pela ausência de uma formação universitária que incluísse, como obrigatório, aulas direcionadas ao aprendizado sobre todos os tipos de deficiências. Nesse contexto, essa realidade é apontada no livro “O filho eterno”, de Cristovão Tezza, que narra a vida do pai de Filipe, portador da Síndrome de Down, que se depara com uma sociedade preconceituosa que proporciona diversas dificuldades para o filho dele, entre elas está a inclusão escolar, uma vez que a creche anterior não possuía estrutura para ensinar Filipe e, em função disso, é obrigado a matricula-lo numa escola específica para pessoas com Síndrome de Down. Diante disso, é perceptível que a carência de infraestrutura em ambientes escolares aumenta a segregação entre pessoas com e sem deficiência, colaborando, assim, para o distanciamento daqueles do restante da sociedade. Outrossim, uma segunda questão é o prejulgamento presente no mercado de trabalho. Isso se deve, principalmente, à noção de que pessoas com Síndrome de Down não contêm capacidade intelectual e autonomia suficientes para trabalharem. Nesse cenário, a escassez de oportunidades para essa minoria da população propicia o aumento do preconceito na sociedade, fortalecendo, assim, estereótipos que contribuem cada vez mais para o distanciamento de portadores da síndrome de uma justa inclusão social. Assim sendo, é importante que o governo estipule metas no mercado de trabalho, como uma quantidade obrigatória de indivíduos com esse tipo de síndrome em empresas e estabelecimentos. À vista disso, é reconhecível algumas das contrariedades encontradas para a inclusão social de pessoas com Síndrome de Down. Com isso, é necessário que órgãos responsáveis pela educação no Governo brasileiro, como o Ministério da Educação, promova modificações na grade curricular de universidades dispondo como obrigatoriedade, em todos os cursos de licenciatura, aulas sobre todos os tipos de deficiências para que, assim, âmbitos escolares e universitários disponham de professores capacitados e aptos para promover a inclusão e estimular aspectos intelectuais mais profundos desses portadores.