Decorrendo de um erro na segregação do cromossomo 21, a Síndrome de Down, embora diminua o risco de contrair câncer, acarreta a perda da qualidade de vida em face do preconceito sofrido pelo indivíduo. Apesar de certas limitações físicas, esse estado necessita de inclusão, principalmente, social. Todavia, essa carência ocasiona condições pouco fomentadas. Parafraseando o filósofo ateniense Sócrates, o homem só desenvolve suas potências (política, científica e social) dentro da Pólis. Desse modo, podemos inferir "pólis" como o conjunto de sociedade aliado ao Estado, a qual permite o pleno desenvolvimento pessoal e coletivo. Porém, dados da Federação Brasileira de Síndrome de Down (FBSD) aponta que, dos 300 mil portadores, apenas 25 estão matriculados no ensino superior. A Partir disso, é notável o descaso público e educacional para com a inclusão dessa classe, quase que negando-lhes a oportunidade de desenvolvimento social. Contudo, esse problema está longe de ser resolvido; a falta de acessibilidade no âmbito educacional e trabalhista comunica diretamente com uma possível causa para o preconceito à condição especial em pauta: o excesso de permissão pedida aos pais. Pois, segundo a FBSD, muitas pessoas acreditam que é necessária a vigilância integral do acometido devido à essa "vulnerabilidade" emocional; falácia disseminada. Desse modo, o Ministério da Educação, aliado às instituições de ensino, devem, portanto, investir na manutenção ideológica da sociedade e prezar pela adesão efetiva de portadores da Síndrome, por meio da difusão em redes sociais das reais potências dessa classe especial e pelo uso de cotas, respectivamente. Espera-se com essa medida, fomentar a inclusão dos excluídos para que possa se desenvolver cognitivamente, tal como defendia Sócrates.