De acordo com Milton Santos, importante geógrafo brasileiro, o Brasil encontra-se em um meio técnico-científico-informacional, isto é, a integração de todos cidadãos é essencial para o desenvolvimento do bem estar social. Diante disso, é necessário compreender que a ausência de suporte para pessoas com necessidades especiais promove a manutenção da exclusão. Assim, no limiar do século XXI, a falta de inclusão dos portadores de Síndrome de Down é um desafio à sociedade brasileira. Em primeiro plano, se faz primordial analisar a escassez de infraestrutura e de profissionais capacitados fornecido pelo Estado. A Carta Magna promulgada em 1988 salienta a necessidade de todos os brasileiros possuírem os mesmos direitos e deveres sem distinção, porém na prática falta respeito a diversidade e as diferenças, principalmente com aqueles que possuem necessidades especiais. Dessa forma, o reflexo da falta de preparo é refletido em aspectos como no ingresso a faculdade, inserção no mercado de trabalho. Segundo a Estimativa da Federação Brasileira das Associações Síndrome de Down, de 300 mil portadores apenas 25 pessoas se matricularam ou concluíram o Ensino Superior. A partir disso, é possível compreender que não há igualdade de direitos e oportunidades entre aqueles considerados "normais" e os portadores da síndrome. Ademais, as dificuldades impostas por essa patologia não justifica a falta de adequação da sociedade civil já que mais de 70% das pessoas que possuem a doença têm autonomia de participar e inferir as próprias conclusões. Depreende-se, portanto, que há a urgência de mudança em diversos aspectos. Primeiramente, a fim de promover a integração o Governo Federal junto ao Ministério da Educação deve estipular metas anuais de novos estudantes portadores da síndrome na rede pública de Ensino Superior utilizando de recursos científicos para justificar a criação de cotas. Paralelamente, esses Órgãos tem a função de criar propagandas e utilizar das redes sociais para informar a população sobre a Síndrome de Down.