Título da redação:

O estereótipo do incapaz

Proposta: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 12/04/2018

Formas de pensar baseadas na primazia genética da população existem até nos dias atuais e possuem origens tanto na Antiguidade, como em Esparta, ou ainda no século XX, durante o nazi-fascismo. Hoje, ainda que a constituição, a moral e a ética impeçam a difusão desses ideais novamente, os estereótipos continuam vivos, principalmente sobre os portadores da síndrome de Down, tendo a escola o papel e o poder de alterar essa conjuntura. A trissomia do cromossomo 21, desde seu descobrimento, foi carregada de preconceitos devido a aparência de seus portadores e às suas dificuldades físicas e mentais. Esse tipo de preconceito enraizado reflete no desenvolvimento atrasado dos deficientes, pois ainda que possuam capacidade não recebem os estímulos necessários. Há estimativas de que a cada 3 mil pessoas com Down, apenas 1 está inserida no mercado de trabalho. Tal dado serve para mostrar à sociedade a possibilidade de os portadores tornarem-se profissionais aptos, mas que, com a falta de suporte, os dados conservam-se alarmantes frente às 300 mil pessoas com Down no Brasil. Assim sendo, nas escolas, os pais dos alunos e até mesmo os estudantes mais velhos, conscientes da imprescindibilidade de adaptar a escolas para futuros alunos com alguma necessidade especial, devem manifestar-se às lideranças do colégio, em busca de professores auxiliares, acessibilidade, aulas de reforço e de atendimento psicológico. Longe de ideais segregacionistas, tais modificações colaboram para a integração dos alunos e conscientização da escola como um todo, afinal, é na fase estudantil onde o aluno reforça seus princípios de companheirismo e formação de caráter, assim como prepara-o para uma vida adulta inserida no mercado de trabalho.