Título da redação:

Integração baseada na Convivência e na Cooperação

Proposta: A integração social da pessoa com Síndrome de Down

Redação enviada em 02/04/2018

A integração social do portador da síndrome de Down se inicia na infância. Uma escola inclusiva desempenhará um importante papel nesse processo. É muito benéfico para toda criança conviver com as diferenças. Diferentes classes sociais, diferentes aspectos físicos, portadores de necessidades especiais: é essa convivência na infância a base do combate ao preconceito. A convivência, e o consequente trabalho que a escola fará, a partir dela, é que promoverão a integração na escola, em um primeiro momento. A amizade e o entendimento de que o aluno com Down pode ter limitações e, no entanto, superá-las, desde que receba os incentivos adequados, é uma informação essencial para que os alunos cooperem entre si - e se integrem. Em um momento subsequente, a contratação de pessoas que apresentem a síndrome é um segundo passo no combate ao preconceito, na medida em que os demais profissionais passam a perceber que o colega de trabalho é capaz de demonstrar um bom desempenho, com resultados positivos. Na verdade, hoje é sabido que o portador de Down pode estudar, namorar, casar e trabalhar como qualquer outro indivíduo. Isto se aplica não somente aos que apresentam a síndrome, mas aos cadeirantes, aos deficientes auditivos, deficientes visuais. Tal como as demais crianças, será preciso que recebam os estímulos e a preparação adequada ao que se deseja executar. Jean Piaget já afirmava, por meio dos resultados de seus estudos, sobre o papel dos estímulos no desenvolvimento cognitivo. Por outro lado, Emília Ferreiro, que ajudou a divulgar a teoria construtivista, também discorre sobre a necessidade que cada criança tem de construir o seu caminho particular de aprendizado, errando e aprendendo, a seu tempo, e de como a cooperação entre elas era necessária à construção do conhecimento. Diante do exposto, podemos concluir que a convivência – na escola e no trabalho – contribui para a eliminação do preconceito e integração entre todos. Este, o preconceito, não limita aqueles que são diferentes de nós. Ele limita a nossa visão de mundo e das pessoas, bem como do que elas são capazes de fazer. Afinal, ser preconceituoso nada mais é que ignorar a essência do outro - e da própria vida - a partir de ideias preconcebidas e sem suporte válido.