Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: A influência de "fake news" no cenário político brasileiro

Redação enviada em 21/08/2018

Na Grécia Antiga, a filosofia sofista desfrutava da inocência e da ingenuidade de seus ouvintes para convencê-los de suas posições políticas. Hodiernamente, com a consolidação da globalização, a transmissão deliberada de boatos é recorrente em países politicamente heterogêneos, como o Brasil. No entanto, como previsto no Código Penal brasileiro, a calúnia e a difamação de terceiros é crime. Porém, o seu combate é comprometido devido ao imenso fluxo de informações, o que reflete em questões governamentais. Tal conjuntura favorece alguns parlamentares que possuem credibilidade com a mídia, em consequência, a consolidação da democracia de direito é comprometida. Convém ressaltar, a princípio, que essa guerra informativa pode ser decisiva nas disputas eleitorais, visto que muitas redes sociais, como o Facebook, favorecem essa polarização política. Dessa forma, essas informações falsas podem contribuir para um grupo, como ocorrido nas últimas eleições nos Estados Unidos. Nesse cenário, o atual presidente do país, Donald Trump, obteve na internet uma maneira de denegrir a imagem de sua oponente. Não obstante, a população brasileira é intrinsecamente ligada às redes sociais, o que contribui para a propagação de desinformações e para o fortalecimento de ideologias duais: preconceituosas e mascaradas. Outrossim, a ausência de uma legislação mais rigorosa que sustente a imensidão da indústria cibernética impossibilita a total seguridade na transmissão de dados, o que distancia da resolução da problemática. Logo, atrelada à falta de esperança diante do atual cenário público, esse desequilíbrio coopera para o desinteresse e o não exercício do primeiro nível de participação política, como definido pelo sociólogo Guaiano Sani. Dessarte, o respeito às garantias individuais precisa evoluir e, para isso, discutir a licitude do direito à liberdade de expressão é imprescindível. Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário a criação de ações que afastem a população do acesso a notícias falsas. Para isso, o Estado deve criar órgãos destinados à fiscalização eletrônica, compostos por profissionais qualificados, a fim de fiscalizar e impor sanções a essas empresas que veiculam mentiras e boatos. Ademais, é papel do Ministério da Educação, juntamente com as escolas, elaborar palestras que conscientizem seus ouvintes sobre o cenário em que o país está inserido para que, com isso, a juventude torne-se cautelosa quanto a propagação informacional na internet. Dessa forma, o país estará definitivamente preparado para enfrentar os desafios que sempre estão por vir.