A influência de "fake news" na política representa um desafio para uma sociedade alienada como a brasileira. O desconhecimento e descompromisso com a verdade pode acabar por conturbar o cenário político e social, gerando instabilidade nacional. Portanto, esse desafio deve ser superado de imediato para que uma sociedade lúcida seja alcançada. Em primeiro lugar, a enorme abrangência dos veículos que propagam as “fake news” facilita a gigantesca velocidade de disseminação das notícias falsas. Pesquisas realizadas por universidades, como a USP, apontam que 12 milhões de brasileiros compartilham conteúdos políticos distorcidos nas redes sociais. Com isso, quando uma sociedade faz uso desses conteúdos falsos, é marginalizada da realidade. Além disso, há uma grande dificuldade por parte das redes sociais de censurarem conteúdos errôneos, o que agrava cada vez mais a dispersão desenfreada pelos usuários das páginas que possuem, como princípio, a desinformação. A pouca fiscalização valoriza a corrupção da verdade, gerando uma sociedade cada vez mais dividida. O renomado geógrafo Milton Santos dizia que uma sociedade alienada é aquela que enxerga o que separa, mas não o que une seus membros, algo que se evidencia na distorção da realidade compartilhada na internet. Destarte, visando uma nação mais justa, é mister superar os desafios da influência de “fake news”. Para que as notícias falsas sejam censuradas, o Facebook – principal veículo utilizado para a disseminação dessas notícias – deve aprimorar os algoritmos de checagem de conteúdos que contemplem desinformações. Ademais, com o intuito de reforçar a fiscalização em outros meios de propagação, o Ministério da Comunicação deve prover maiores investimentos em agências fiscalizadoras para contratação de profissionais capacitados e imparciais perante a lados políticos. Dessa forma, o acesso à informação, previsto na legislação, tornará a sociedade brasileira mais unida e consciente.