O autor do antigo provérbio popular “mais vale uma imagem do que mil palavras” ficaria abismado com a atual realidade em que diversas vezes apresentam-se situações em que não se pode confiar nem nas imagens, nem nas palavras disseminadas por não se deter a veracidade das mesmas. As “fake news” em suas mais variadas formas tem-se disseminado de maneira crescente nas redes sociais e causado alteração de pensamentos e opiniões embasados em falsas afirmações. Esse quadro ao atingir o cenário político brasileiro prejudica-o em grandes proporções. Nas eleições presidenciais de 2016 dos Estados Unidos houve a disseminação de inúmeras “fake news” que atingiram grande parte da população norte-americana, como comprovado pelos responsáveis pelas redes sociais Facebook e Twitter. Trazendo isso para a realidade brasileira é preocupante pensar em como essas notícias falsas podem modificar erroneamente o pesamento de diversos cidadãos brasileiros e induzi-los a um erro eleitoral que pode ser percebido tarde demais, como aconteceu aos estadunidenses que ainda sofrem consequências desse acontecimento. Uma característica intrínseca a essas “fake news”é o seu caráter sensacionalista, o que provoca um maior número de visualizações e compartilhamentos do que as notícias verídicas, segundo estudos elaborados pelo instituto de Massachusetts. Diante disso, é inevitável prever os perigosos desencadeamentos delas nas eleições de 2018 e que já podem ter causado na política brasileira sem que ao menos notássemos, como o impeachment da ex-presidenta Dilma, que foi defendida por diversos países e organizações internacionais e até hoje não foi comprovada culpada de corrupção. Como pode-se então constatar que a campanha contra ela, que mudou a opinião de tantos cidadãos brasileiros, não tenha sido embasada em “fake news”? Portanto, para evitar a disseminação das “fake news”, de modo a prejudicar o cenário político, a população brasileira deve se certificar das informações que obtém por meios de comunicação, sobretudo, as redes sociais e exigir dos responsáveis dessas redes inspeções minuciosas através de dados e informações que apenas eles têm acesso, a fim de promover uma maior segurança e confiabilidade da população sobre as notícias que encontram.