Otto Von Bismarck, Chanceler prussiano durante o fim do século XIX, alterou um documento redigido por seu rei, com o intuito de provocar uma guerra contra a França. Essa mensagem, que ficaria posteriormente conhecida como "Despacho de Ems", reflete um problema atual vivenciado pelo cenário político brasileiro, já que em ano de eleições é comum os candidatos políticos terem seus nomes associados a notícias falsas. Assim sendo, esse viés segue intrinsecamente associado a realidade do país, sobretudo pela facilidade de propagações de informações nas redes sociais, e pela frágil fiscalização às notícias circundadas. Convém ressaltar, a princípio, que os aparatos midiáticos têm sido uma ferramenta importante, atualmente, para a divulgação de fake news relacionadas aos candidatos políticos. Segundo dados do grupo de pesquisas em políticas públicas para o acesso à informação (GPOAI), doze milhões de habitantes brasileiros divulgaram informações errôneas no Brasil em junho de 2018. Assim, torna-se evidente que o uso incorreto das redes sociais tem contribuído para uma construção de imagem equivocada a respeito dos aspirantes a político, por meio da exposição de números ou características que não são fiéis a realidade. Outrossim, destaca-se o precário policiamento às notícias falsas nos meios de difusão como um impulsionador do impasse. Para Thomas Hobbes, a sociedade necessita de um órgão que inspecione as más condutas, com o objetivo de preservar a ordem social. Seguindo essa linha de pensamento, a ausência de uma entidade que controle de maneira eficaz a difusão desenfreada de notícias irreais perturba o bem-estar social, haja vista que as fake news possuem a capacidade de manipular a opinião pública. Diante dos fatos supracitados, faz-se necessário que o Governo Federal, em parceria com a Polícia Federal, instaure uma rede de investigações a respeito das notícias eleitorais, por intermédio de pesquisas que busquem a veracidade dos fatos contidos nessas informações, visando tornar público somente aquilo que se compromete em retratar a verdade. Ademais, cabe também ao legislativo aprovar uma lei que julgue os casos de fake news, objetivando tornar a sua difusão um crime, com o fito de diminuir os seus números de ocorrências. Dessa forma, o objetivo de tais medidas é erradicar os falsos alardes relacionados ao cenário político brasileiro