Título da redação:

O jornal de hoje dura mais que o peixe de amanhã

Tema de redação: A influência de "fake news" no cenário político brasileiro

Redação enviada em 06/03/2019

Quando as informações dependiam de pombo correio, no passado, a rapidez com qual chegava era tão importante quanto a própria notícia. Com a Era Digital e o acesso à internet como característica, hoje, o indivíduo que se sobressai é aquele que mais rápido expõe a notícia e garante maior número de compartilhamentos e curtidas, mesmo que a notícia seja falsa. Reverter esse padrão social atual é de suma importância, pois atinge de forma micro e macro a sociedade contemporânea. De maneira micro, podemos citar a caçada de macacos, em 2017, por causa do surto de febre amarela, no Brasil, vinculado na rede como solução para reduzir os casos de febre amarela em humanos, o que levou indivíduos a matar algumas dezenas de macaquinhos, a exemplo. A educação digital deve ser instituída na rede pública de ensino, assim como a legislação com a finalidade de promover a capacitação de indivíduos e a formação de cidadãos conscientes de que seus atos nos mundos virtual e real têm consequências. Por exemplo, de forma macro, constrangimentos entre nações por conta de informações falaciosas que ganham cunho de verdade e atingem divulgação mundial como a suspeita que a Rússia esteja envolvida na eleição presidencial, de 2016, dos Estados Unidos da América. Tal hábito social nocivo de publicar notícias sem uma verificação prévia deve ser analisado com os mesmos parâmetros do indivíduo que comete injúria e difamação, os quais crimes previstos em Lei. Dessa maneira, comunicar a sociedade para que atos cometidos no mundo virtual sejam punidos como os no mundo real garantindo a responsabilidade do usuário da tecnologia. As “fake news”, portanto, matam ideias. Dessarte, para garantir que seja compreendido de maneira individual e coletiva que a divulgação de informações sem a verificação prévia é crime e essas notícias podem ser capazes de gerar mais danos do que ganhos se faz necessário um ensino institucionalizado, público e privado, fomentado pelo Estado por meio do Ministério da Educação sob a forma de disciplina regular que apresente as leis, sua importância e aplicação aos indivíduos, com a finalidade de cessar as produções falaciosas. Ademais, o Ministério Público deve financiar propagandas de cunho informativo com o objetivo de promover o pensamento crítico na sociedade para sempre questionar e apurar a veracidade da informação apresentada e veicular na internet e outras mídias. Talvez, assim, a sociedade pode vir a compreender que na Era Digital a notícia falsa de hoje pode durar mais que um dia e destruir vidas inocentes.