Título da redação:

Minguando o falso

Proposta: A influência de "fake news" no cenário político brasileiro

Redação enviada em 22/08/2018

A problemática tangível às falsas notícias, conhecidas como “fake news”, é verificada desde a Grécia Antiga quando filósofos sofistas utilizavam-se desse meio visando a persuasão de cidadãos leigos. No entanto, concomitantemente à evolução tecnológica, as falácias tomaram proporções colossais e atingem, hodiernamente, o cenário político. À vista disso, vale ressaltar os impactos da propagação de informações mentirosas para a sociedade brasileira. Com a Revolução Industrial iniciada no século XVIII, a tecnologia ganhou espaço e suas melhorias são fomentadas desde então. Todavia, seus resultados apresentam-se dicotômicos: a mesma revolução que possibilitou um crescimento urbano demasiado e facilitou a acessibilidade de produtos tecnológicos, acabou por comprometer o equilíbrio do corpo social – visto que os meios de fiscalização não conseguem realizar a filtragem necessária das publicações. Sendo assim, milhares de usuários, todos os dias, por intermédio dos aplicativos de interação, como exemplo as plataformas online Facebook, Instagram e Twitter, divulgam e compartilham milhares de conhecimentos falsos, com o fito de propagarem suas convicções políticas e morais. Em segundo plano, nota-se como cofator do empasse a inábil intervenção do Poder Executivo, com o Legislativo, em apresentar e cumprir leis que fiscalizem e punam o transgressor, com o intuito de educar aqueles que utilizam dos meios de interatividade online para praticarem crimes de injuria, difamação e calúnia. Dessa forma, para que não se repita o mesmo que no governo de Vargas, o qual foi responsável por disseminar um documento falso – Plano Cohen-, o qual dizia que os comunistas estavam a planejar a tomada do poder e assim deu ao governo pretextos para instaurar o Estado Novo em 1937 e mudar o rumo da política brasileira, o Governo deve agir para atenuar as contravenções praticadas pelos homens, presando assim a verdade e, consequentemente, eleições mais justas – ao passo que referências incorretas não serão usadas para ludibriar os eleitores. É notória a premência de atitudes visando o equilíbrio social, por meio de um governo justo, assim como apregoou o filósofo grego Aristóteles. Destarte, o Ministério da Justiça, com apoio das empresas midiáticas, deve atenuar o número de falsas reportagens e panfletos virtuais, contendo material irregular, que circulam as redes sociais, mediante acréscimo no quadro de funcionários destinados a fiscalização de matérias falsas, contratando esses por meio de impostos aplicados às empresas de mídia, objetivando sua própria proteção e, conseguinte, de toda a sociedade. Além do mais, os crimes contra a honra praticados em território online devem ser tratados com maior rigor para que a correção sirva de exemplo e diminua tal atitude. Dessa maneira, com incremento no número de agentes fiscalizadores, o número de conhecimentos impróprios decrescerá e as poucas noções errôneas que permanecerem não serão capazes de, novamente, mudarem o destino político do país. Logo, o Brasil poderá desfrutar do ideal aristotélico e as “fake news” serão minguadas.